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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mudança climática faz procura por "Nemo" mais difícil, diz relatório

folhaonline

14/12/2009 - 16h00
Mudança climática faz procura por "Nemo" mais difícil, diz relatório
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SUNANDA CREAGH
da Reuters, em Copenhague

Nemo, o peixe-palhaço, está mais perdido do que nunca, graças à mudança climática.

O aumento da acidez dos oceanos causada pelo aquecimento global está destruindo o olfato e habilidades de navegação dos pequenos peixes cor-de-laranja do famoso filme "Procurando Nemo", deixando a espécie mais perto da extinção, informou um novo relatório.
SXC
Olfato do peixe-palhaço, usado para encontrar caminho para o hospedeiro, é prejudicado pelo aquecimento global, diz relatório
Olfato do peixe-palhaço, usado para encontrar caminho para o hospedeiro, é prejudicado pelo aquecimento global, diz relatório

O documento, divulgado na segunda-feira pela União Internacional para a Conservação da Natureza em paralelo às discussões mundiais sobre o clima em Copenhague, identificou dez espécies que serão mais afetados pelo aquecimento global.

Entre elas está o peixe-palhaço --cujo olfato é usado para encontrar caminho para o hospedeiro, a anêmona.

"A acidificação oceânica e o aumento das temperaturas estão, obviamente, destruindo os recifes de corais mas, além disso, estão afetando os sentidos olfativos [do peixe-palhaço]", disse a coautora do relatório, Wendy Foden.

"Eles são literalmente impossibilitados de encontrar seus caminhos de volta para casa", afirmou.

As dez espécies identificadas no relatório são: baleia beluga, o peixe-palhaço, a tartaruga-de-couro, o pinguim-imperador, a árvore quiver (Aloe dichotoma), a foca-anelada, o salmão, a coral chifre-de-veado, a raposa-do-ártico e o coala.

Temperaturas mais elevadas fazem com que um maior número de ovos das tartarugas-de-couro gigantes se desenvolvam em fêmeas, explicou Foden.

"Isso está causando o desenvolvimento de proporções sexuais extremamente distorcidas", alertou.

Coalas estão tendo dificuldades como nunca para encontrar o que comer, pois as condições mais quentes tornaram sua base alimentar, as folhas de eucalipto, menos nutritivas, disse ela.

"Espécies podem se adaptar mas as condições precisam se modificar de forma suficientemente lenta", explicou a pesquisadora. "Se nossos governos se comprometerem a metas firmes e em tempo hábil, se esse reunião tiver êxito aqui, poderemos desacelerar o ritmo de mudança climática e dar a essas espécies a chance de sobreviverem."

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