16/04/2010 - 10h19 FOLHAONLINE
Entenda a erupção que paralisa os voos na Europa
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da Reuters
A erupção sob a geleira Eyjafjallajokull, na Islândia, lançou na atmosfera uma coluna de cinzas com até 6 quilômetros de altura. O fenômeno prejudica o tráfego aéreo em todo o norte da Europa e, após 40 horas de atividade, o vulcão não dá sinais de adormecer.
O vulcão, que fica sob a quinta maior geleira islandesa, já teve cinco erupções desde que se assentou no subterrâneo, no século 9.
A geleira Eyjafjallajokull tem uma cratera vulcânica de 2,5 quilômetros de diâmetro, coberta de gelo. Fissuras permitem que haja fluxos de lava nos flancos leste e oeste desse chamado estratovulcão, que é formado por camadas alternadas de cinzas, lava e pedras ejetadas por erupções anteriores.
Quando o vulcão entrou em erupção, no final de março, ele abriu uma fissura de 500 metros, produzindo fontes de lava ao longo da rachadura.
A nuvem de cinza foi formada por meio de um processo chamado de fragmentação, que ocorre em vários estágios. Primeiro, o magma que viaja sob pressão em dutos subterrâneos é estilhaçado pela expansão dos gases.
Como a pressão perto da superfície é menor, o magma se transforma numa fina cinza vulcânica, a qual se fragmenta em partículas ainda menores ao entrar em contato com o gelo glacial na superfície da cratera. A poeira fina se funde com o vapor que sobe da cratera, formando uma coluna escura que se ergue aos céus.
"É como uma garrafa de refrigerante quando você tira a tampa", disse o vulcanólogo islandês Armann Hoskuldsson, descrevendo o que acontece com o magma ao viajar para a superfície.
"Ao mesmo tempo, há pouco vento na Europa para dispersar a coluna", afirmou Freystein Sigmundsson, pesquisador do Instituto de Ciências da Terra, da Universidade da Islândia, em Reykjavík.
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