Charada do Dia

Carnaval - Brazil

Charada do Dia: Decifra-me ou te devorarei!

Besta fera dissimulada ou amante da paz?

Pacífico ou alienado?

Desde quando dissimulação e alienação é virtude?

Na história da vida biológica beleza e simpatia sempre foram instrumentos de ataque dissimulado.

Acomodação, indiferança e cinismo jamais serão virtudes, mesmo num reino da fantasia.

Sorrisos e afagos sinceros ou de hiena?

Apatia sistêmica pode ser indício de dissimulação?

Desde quando amantes da paz, o que seria uma virtude, poderiam conviver indiferentemente com canalhices?

Amantes da paz que não punem o mal?

Amantes da paz que simpatizam com maldades?

Amantes da paz que matam no trânsito?

Amantes da paz que roubam crianças, doentes, idosos?

Amantes da paz que destroçam sonhos de vida, projetos, esperanças, valores de MORAL e de ÉTICA que deveriam ser cultivados e incentivados?

Amantes da paz no Reino das Injustiças e das Impunidades privilegiadas?

Pura falácia, não passa de dissimulação ostensiva!

País do carnaval, que usa máscaras o ano todo, todos os dias, em todas as relações?

Falta de caráter, falta de vergonha, pura dissimulação, não há simpatia e nem merecem confiança, são bestas feras dissimuladas,

Perderam a honra, perderam a vergonha-na-cara, perderam o patriotismo, perderam a capacidade de indignação diante de canalhices inomináveis e bestiais.

Rasguem a bandeira, desliguem o Hino, esqueçam o futuro, abracem o destino!

Puro cinismo!

Cinismo e falta de vergonha que mergulha a civilidade num mar de vergonhas institucionalizadas.

Desvaloriza o trabalho, indigno salário, o estudo e a pesquisa, não valoriza o pensamento sério, e investe pesado nos adereços e missangas festivas.

Contrabandos, plágios, imitações, arremedos, gestos, sorrisos, afagos, grande teatro!

Tudo dissimulação hostil, perversa e criminosa!

Quem ou o quê mudará este destino inrreverssível de uma herança maldita?

Povo de máscaras, sorrindo, no tronco, beijando o algóz!

Decifra-me ou te devorarei!

Os sinceros desistem, fogem, afastam-se, imigram desta terra, que só a máscara é decifrada, e o rosto nunca revelado.

RUI SANTOS DE SOUZA
Curitiba, 22 de maio de 2010 - 10h:12m