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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Meio-ambiente: uma questão de "σοφία"




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.[1] Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, asexperiências de pensamento e outros métodos a priori.



Meio-ambiente: uma questão de "σοφία"

"Estudo dos problemas fundamentais relacionados:
à existência:
à verdade
valores morais
valores estéticos
relacionados com a mente
relacionados com a linguagem". ( Wikipédia, a enciclopédia livre)

É desafiadora, e extremamente intrigante, a questão ambiental: mudanças climáticas e geológicas, e a necessidade urgente da preservação do meio-ambiente.

Os fatos que comprovam as radicais mudanças climáticas, em todas as regiões do Planeta Terra, e de significativos desastres ambientais que não permitem dúvidas, pois contra os fatos, não há argumentos.

Então surge uma questão crucial: por quê a maioria das pessoas continuam indiferentes ou céticas em relação ao assunto mais importante para o nosso futuro, da nossa, e de todas as demais espécies?

Por quê, tanto ceticismo?

Por quê, tanta indiferença?

Por quê, tanto desperdício de precioso tempo para agir em tempo hábil, e evitar mais desastres ambientais?

A resposta está na definição da palavra "σοφία", no original do idioma grego.


"σοφία" quer dizer "sabedoria" em relação à existência individual e coletiva.


Graus diferenciados de "sabedoria", que determinam as "filosofias de vida", individuais e coletivas.

Para entender a indiferença e o ceticismo em relação às questões do futuro do meio-ambiente, basta analisar nossa "sabedoria em relação ao trânsito de veículos nas grandes cidades.

Qual tem sido o nosso grau de "sabedoria" para lidar com as guerras, com as drogas entorpecentes, com o terrorismo, com a corrupção dos governantes, com as economias arruinadas, com a violência urbana, com o crescimento desornado das grandes cidades urbanas, com o aumento populacional, com o progresso e as tecnologias não sustentáveis?

Qual é o grau de "sabedoria" da nossa espécie para investigar e entender as nossas origens cósmicas?

Qual tem sido a nossa "sabedoria" para investigar nossas origens e a formação geológica do nosso Planeta Terra, antropológica, genética, arqueológica, e astronômica?

Qual foi o nosso grau de "sabedoria", quando fomos confrontados com os descobrimentos e as conquistas do conhecimento humano, nas mais diferentes áreas da pesquisa científica? Basta ler os relatos da Idade Média.

Cada nova descoberta era descartada friamente, ou respondida com a "Santa Inquisição".

Cientistas independentes e Livres-pensadores sempre foram demonizados, em toda a história da humanidade.

São milhares de exemplos: Galileu e suas descobertas, o Darwinismo, Isaac Newton, Sócrates, Copérnico, John Dalton, Albert Einstein, Aristóteles, enfim, a lista é interminável, em todas as áreas dos avanços do conhecimento humano, confrontados com seus contemporâneos.

Enfim, através da "σοφία" dos gregos, vislumbramos a resposta para tanta indiferença, e ceticismo: é uma questão de "sabedoria", ou de filosofia de vida, coletiva ou individual.

O mesmo grau de "σοφία" que sempre usamos para ingerir bebidas alcoólicas, para dirigir o carro no trânsito urbano, para o casamento, para lidar com os vizinhos, com os diferentes religiosos, sociais, étnicos, culturais, estamos aplicando para lidar com as novas descobertas da Ciência, e confrontamento ideológico diante das novas realidades ambientais e climáticas.

"σοφία" à existência: destruindo a possibilidade de qualidade de vida às futuras gerações...

"σοφία" à verdade: Renunciamos às evidências irrefutáveis e à confrontação com os fatos reais...

"σοφία" aos valores morais: Prevalece os valores econômicos, individuais e imediatistas...

"σοφία" aos valores estéticos: Substituídos pelos valores mercantilistas. Nenhuma "σοφία" na redefinição de novos valores, esquecidos, desprezados, ridicularizados, a saber: florestas, água limpa, animais, preservação da Mãe Natureza, meio-ambiente, ecossistemas, biodiversidades....

"σοφία" relacionados com a mente: Contaminada e diluída num copo de veneno existencial mortal, que compromete qualquer possibilidade de vida psicológica-sadia, digna e sustentável, às futuras gerações...

"σοφία" relacionados com a linguagem". Corrompida e esfacelada pelo "marketing" comercial, imediatista, capitalista selvagem, consumista, descartável, mau-gosto, futilidades, imbecilidades, modismos, que destrói as últimas reservas naturais do Planeta Terra, em busca do lucro, da vantagem, do domínio à qualquer preço.


Acreditar ou duvidar, aceitar ou rejeitar, agir ou ficar inerte, diante da nova realidade climática e geológica, que compromete o futuro do meio-ambiente global, é uma questão de "σοφία" .

RUI SANTOS DE SOUZA

Brasil, Curitiba, 01 de julho de 2011 - 19h:08


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