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domingo, 11 de dezembro de 2011

O Futuro da Humanidade: A única certeza...

A  única certeza é que o futuro da humanidade é incerto.

A Conferência do #COP17, em #Durban, promovida pela ONU, mais uma vez, fracassou.

As declarações do Secretário Geral da ONU, de que um acordo foi firmado na última hora, é inconsistente e propagandista, para não admitir o fracasso das negociações.

Ficou evidente, mais uma vez, agora na questão climática,  o abismo que separa as Nações ricas e as Nações pobres.

A ONU sempre cumpriu a sua missão de fazer  tentativas de promover a Paz no Mundo, acabar com a fome e a miséria, evitar conflitos sangrentos, guerras desnecessárias, equilíbrio da economia mundial, proteção dos direitos das mulheres, crianças, educação, doenças, mas sempre foram tentativas frustradas, pois o que prevalece e determina o futuro da humanidade são os poderosos interesses econômicos, comandados pelas Nações mais ricas da Terra. Sempre foi assim,  e é ilusão pensar que vai mudar.

Vivemos em permanentes guerras e conflitos de interesses, sobre todos e qualquer problema, seja local , regional, ou mundial.

O progresso econômico-industrial construiu o atual modelo da economia mundial, mas o mesmo modelo de economia está destruindo qualquer possibilidade de um futuro melhor para as próximas gerações.

A  questão climática, com as mudanças ocorrendo numa escala vertiginosa, atingindo os grandes centros urbanos, com desastres ambientais de grandes proporções, com reflexos nos preços da alimentação, a falta de água, mortes, doenças, prejuízos financeiros gigantescos nos transportes, comunicações, é mais um fator agravante do cenário mundial.

Neste momento, em que a tentativa de um acordo sobre o clima fracassou, pois não aconteceu acordo algum, e mesmo que tivesse sido celebrado um acordo, as partes envolvidas não o cumpririam,  ficou evidente a única certeza sobre o futuro da humanidade: Tragédias ambientais de grandes proporções.

Há fortes evidências, milhares de relatórios, fatos relatados, pesquisas, modelos testados, cálculos, que indicam uma escalada vertiginosa das mudanças climáticas, com consequências geológicas, econômicas, estruturais, que vai afetar o futuro da vida humana no Planeta Terra.

Com o Planeta Terra não vai acontecer nada, só mais uma das milhares de mudanças já ocorridas no passado geológico.

Mas há grandes incertezas sobre o futuro da nossa espécie.

Nas mudanças climáticas e geológicas anteriores nós, humanos, não estávamos aqui.

A Economia Mundial não dependia das tecnologias sofisticadas que poderiam ser afetadas pelo clima.

Embora as pessoas, os governantes, todos, permaneçam indiferentes, há um evidente link entre terremotos, furacões, rotação da Terra, Eixo Magnético, movimentos dos ventos, direção das correntes oceânicas, proteção magnética, extinção das espécies marinhas, destruição das florestas, altíssimas emissões de CO2 e gás Metano, tudo está diretamente relacionada.

As alterações climáticas e geológicas vai afetar grandes represas de contenção de água, vai afetar as estruturas das usinas nucleares, já aconteceu no Japão, as Tsunamis vai destruir as áreas costeiras densamente povoadas, o gás metano e as altas concentrações de CO2 já está tornando o ar irrespirável, o nível dos oceanos subindo, as geleiras derretendo, aumento significativo do número e intensidade dos terremotos em grandes áreas urbanas, movimentação intensa das placas tectônicas, tudo e muito mais somados, o resultado certo é: um futuro incerto para a nossa, e todas as demais espécies vivas, que dependem do meio-ambiente.

Sobreviverão outras espécies capazes de adaptação em qualquer ambiente: fungos, bactérias, répteis, e outras. Mas as espécies mais evoluídas de vida estão com o futuro comprometido.

Mas os interesses econômicos globais estão preocupados e comprometidos com outras prioridades: diversão, armas, especulação econômica, conquistas territoriais, lucro fácil, comércio, embates políticos e ideológicos, exploração da mão-de-obra escrava, venda de drogas, novos modelos de equipamentos eletrônicos.

Resta uma certeza: o futuro é incerto.

No final de mais um ano que encerra, o de 2011, vamos aguardar as estatísticas das tragédias ambientais do próximo ano, de 2012.

Desejar um Feliz Ano novo, neste final de 2011, não será otimismo, mas irresponsabilidade e alienação, diante do cenário que aproxima-se para os próximos anos.


RUI SANTOS DE SOUZA
Brasil, Curitiba, 11 de Dezembro de 2011- 11h:23

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