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quinta-feira, 23 de junho de 2011

"vendedores de ilusões" & mudanças climáticas

Os "vendedores de ilusões", produzem sonhos e miragens, sempre com objetivos financeiros, mudam, diariamente, o desenho do objeto de consumo descartável, mas não avisam aos consumidores que a queima do combustível está acabando com o ar que respiramos, acabando com a camada de ozônio, acelerando o "aquecimento global", produzindo lixo sem destinação adequada, que o combustível que os alimenta não será renovado, pois destruímos as árvores que o produzem.

Os "vendedores de ilusões" produzem grandes, coloridos e atraentes objetos de consumo, confortáveis, sofisticados, de alta-tecnologia, mas não avisam que não há planejamento e nem avaliação dos danos que causam à Natureza.

Os "vendedores de ilusões" inventam e lançam no comércio, diariamente, novas tecnologias, que, sem anergia elétrica limpa, renovável e não poluidora, em breve serão sucatas inoperantes.

Os "Vendedores de Ilusões' criam mitos musicais, heróis cinematográficos, princesas de silicone, anunciam o "Céu" em outra dimensão cósmica ou espiritual, sem avisar que já estamos no inferno.

Os "Vendedores de ilusões" distribuem drogas, abrem casas de diversão noturna, promovem o sexo libidinoso, financiam campanhas eleitorais de políticos corruptos, subornam o poder público, financiam as milionárias campanhas publicitárias, mas não divulgam que os níveis dos oceanos estão em elevação alarmante, com consequências catastróficas para o ganancioso mercado imobiliário.

Os "Vendedores de ilusões" constroem luxuosos barcos, mas não avisam que as águas oceânicas estão poluídas, contaminadas, e inavegáveis devido a quantidade de lixo.

Os "Vendedores de ilusões" vendem passagens aéreas interplanetárias, mas não avisam aos seus clientes que será uma viagem sem volta para casa, pois a Terra estará inabitável.

Os "vendedores de ilusões" vendem medicamentos, mas não avisam sobre os perigos das doenças provocadas pela contaminação do ar que respiramos, dos alimentos que consumimos.

Os "Vendedores de ilusões" usam a música, o teatro, a intimidade da vida alheia, criam fofocas, religiões, esportes, roupas, brinquedos, aparelhos eletrônicos, qualquer artifício possível ou impossível, destacam na Mídia Oficial as competições esportivas, mas são incapazes de gastar um minuto, ou investir um dólar furado, para divulgar a urgência de medidas preventivas para evitar as catastróficas tragédias ambientais, que já estão ocorrendo, e outras, mais terríveis, que em breve ocorrerão.

Os "Vendedores de ilusões" inventam e divulgam os "Reinos Futuros" e "Passados", mas não promovem, educam, mobilizam, sobre a necessidade de ações efetivas no presente, visando garantir a sobrevivência da nossa espécie, em face do desconhecido e imprevisível processo de mudanças climáticas e geológicas em andamento em todo o Planeta Terra.

Os "Vendedores de ilusões" detestam quem fala do deslocamento do Eixo-da-Terra, do derretimento das geleiras, da oxidação e elevação do nível dos oceanos, do deslizamentos das encostas em regiões urbanas, da poluição do ar, do transbordamento dos rios, enchentes, inundações, destruição das florestas, extinção em massa das espécies, efeito estufa, aquecimento global, cinzas vulcânicas, terremotos, furacões, tornados, geadas, falta de alimentos, quebra de safras, crises financeiras, desorganização social, doenças e epidemias...

Os "Vendedores de ilusões" investem fortunas, promovem e divulgam a indústria e o comércio do "Pão & Circo", para divertir e enganar as multidões dos sete bilhões de cabeças de gado, que em breve serão sacrificadas no matadouro da imbecilidade e da ignorância científica.

A sociedade humana moderna transformou-se no verdadeiro "paraíso" dos mercadores de ilusões.

RUI SANTOS DE SOUZA
Brasil, Curitiba, 23 de junho de 2011 - 15h:15

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