A morte da Razão

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Nota: Para outros significados, veja Razão (desambiguação).

Razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem razões ou explicações para causa e efeito. A razão é particularmente associada à natureza humana, ao que é único e definidor do ser humano.

A razão permite identificar e operar conceitos em abstração,resolver problemas, encontrar coerência ou contradição entre eles e, assim, descartar ou formar novos conceitos, de uma forma ordenada e, geralmente, orientada para objectivos. Inclui raciocinar, apreender, compreender, ponderar e julgar, por vezes usada como sinónimo de inteligência.

Como uma forma de chegar a conclusões, é frequentemente contraposta não só com o modo como os animais não-humanos parecem tomar decisões, mas também com a tomada de decisões baseada na autoridade, na intuição, naemoção, na superstição ou na fé. A razão é considerada pelos racionalistas a forma mais fiável de descobrir o que é verdadeiro ou melhor. A forma exacta como a razão difere da emoção, fé e tradição é controversa, dado que as três são consideradas potencialmente racionais, e, em simultâneo, pontencialmente em conflito com a razão.

A principal diferença entre a razão e outras formas de consciência está na explicação: o pensamento é tanto mais racional quanto mais conscientemente for pensado, de forma que possa ser expresso numa linguagem.

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A MORTE DA RAZÃO

A atenção, a importância, a prioridade dispensada às consequências das mudanças climáticas e geológicas, acontecendo no Planeta Terra, indicam a "Morte da Razão".

A indiferença diante da destruição das florestas, diante da elevação do nível dos oceanos, diante da extinção das biodiversidades e ecossistemas, diante da intensa e atípica movimentação das placas tectônicas, diante da instabilidade e intensificação das mudanças climáticas, diante da poluição da atmosfera proveniente do processo de industrialização humana, diante do descongelamento das geleiras, diante da oxidação dos oceanos, diante da ausência total de ações efetivas de preservação das riquezas naturais e essenciais à existência da vida humana, diante de um processo suicida de destruição de tudo o que a Natureza levou milhões de anos para construir, trazem a triste constatação da "Morte da Razão".

Vivemos um tempo de valorização do "possuir", "ter", e não de "Ser".

O homem vale pelo que "tem", e não pelo que "é".

O "individualismo" venceu e derrotou o "coletivo".

O crescimento populacional desordenado, a ocupação desorganizada dos grandes centros urbanos, a ganância econômica, a necessidade de aumentar cada vez mais os lucros financeiros, os interesses econômicos dos mais poderosos, a corrupção na administração pública, a falta de eficiência na gestão de riscos ambientais, a ausência de políticas públicas voltadas para as necessidades básicas de saúde, segurança pública, educação, habitações seguras, planejamento urbano das cidades com as infra-estruturas básicas de saneamento, transporte, distribuição de alimentos e água potável, e a ausência total de gerenciamento de riscos, são fatores cruciais, que conjugados com os eventos naturais das mudanças climáticas e geológicas, prenunciam megas-catastróficos desastres ambientais, sem precedentes na história humana moderna.

Indicativos claros da "Morte da Razão", mesmo diante de todo o recente avanço tecnológico.

Tecnologia disponibilizada para seres que perderam a razão, com consequências imprevisíveis, é um processo de alto risco para o futuro da vida no Planeta Terra.

RUI SANTOS DE SOUZA

Brasil, Curitiba, 16 de junho de 2011 - 23h:18