Extinção em massa
Uma extinção em massa é um acontecimento relativamente comum no registo geológico que se caracteriza pelo decréscimo grupo da biodiversidade através da extinção de vários grupos. Todas as divisões da escala de tempo geológico são marcadas por critérios estratigráficos que se baseiam no estudo de extinções em massa. O fenómeno é parte essencial da hipótese do equilíbrio pontuadoproposta por Stephen Jay Gould e Niles Eldredge.
Apesar de ser um fenómeno usual (considerando o tempo geológico), houve diversos eventos de extinção massiva particularmente violentos (ver lista em baixo), que vitimaram mais de metade das formas de vida. Estes episódios estão normalmente associados à formação ou divisão de super-continentes, isto é, quando no decurso da deriva continental várias massas de terra se juntam para formar um único continente, ou quando este se separa noutros. A extinção permo-triássica, por exemplo, ocorreu durante a formação da Pangea e a extinção K-T está associada à abertura doOceano Atlântico.
As causas para as extinções em massa variam de evento para evento, se bem que há normalmente factores em comum entre eles o que sugere que sejam resultado não de um mas uma combinação de fenómenos. Entre as causas mais citadas, destacam-se teorias de impactos de asteróides, erupções vulcânicas de basaltos continentais, alterações climátícas, explosões de estrelas que lancem radiação nociva para a Terra, entre outras.
Eventos ocorridos
A Terra já passou por diversas extinções em massa, algumas de proporções devastadoras, levando ao desaparecimento completo de diversas espécies, e outras menores, no qual foram extintos somente alguns grupos de seres vivos.
[editar]Maiores extinções em massa
As extinções em massa de grandes proporções normalmente marcam a mudança de um período da história. Por exemplo, a extinção do Cambriano marcou a passagem do período Cambriano para oOrdoviciano.
- Extinção Cambriana - marca o fim do Cambriano. Extinguiu principalmente, diversas espécies deequinodermos braquiópodes e conodontes.
- Extinção do Ordoviciano (444 Ma) - ocorrida no fim do Ordoviciano, vitimou sobretudo trilobites,braquiópodes, crinóides e equinóides; provavelmente resultante de uma erupção de raios gama que atingiu a Terra, fazendo a atmosfera alterar-se, deixando os raios UV passar, e provocando uma era glacial;
- Extinção do Devoniano superior (360 Ma) - na Devoniano superior / Carbonífero inferior, evento gradual que vitimou cerca de 70% da vida marinha, sobretudo corais e estromatoporóides. Osplacodermos desapareceram neste evento.
- Extinção Permo-Triássica (251 Ma) - a maior de todas as extinções em massa, que fez desaparecer cerca de 96% dos géneros marinhos e 50% das famílias existentes; desaparecimento total das trilobites.[1]
- Extinção do Triássico-Jurássico (200 Ma).
- Extinção K-T (65,5 Ma) - mais conhecida pelo desaparecimento dos dinossauros. Acredita-se ter destruído 60% da vida na Terra.
- Extinção do Holoceno - é o nome dado a extinções recentes de plantas e animais.
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