Participei de uma reunião esta semana, em que mostrava as evidências científicas de um acelerado processo de aquecimento global, com conseqüências trágicas, e mostrava ainda os muitos desastres ambientais em regiões e áreas urbanas com suas fragilidades, com forte potencial de ocorrências de mais desastres ambientais.
Mostrei a tragédia no Paquistão, devido chuvas torrenciais.
Mostrei a forte onda de calor na Russia.
Chamei atenção sobre as enchentes e os deslizamento de encostas na China.
Demonstrei a enorme elevação do nível do mar, no litoral brasileiro e outras regiões litorâneas do Planeta Terra.
Citei a descoberta da diminuição do tamanho da Lua, e os perigos que tal fato representa para o futuro do Planeta Terra.
Citei a descoberta que o sol está emitindo partículas desconhecida, sem que saibamos suas conseqüências sobre o nosso Planeta Terra.
Falei sobre o aumento de ocorrências de terremotos, com intensidades cada vez maior.
Alertei sobre a erupção de vulcões inativos e o perigo que representam para as comunidades urbanas, desamparadas.
A extinção de espécies vitais para a sustentação da cadeia alimentar.
Enfim, citei todos os dados disponíveis sobre derretimento de geleiras, destruição dos ecosistemas e biodiversidades.
Depois de toda a preleção, um dos ouvintes foi categórico: "O Mundo não vai acabar"!.
"Não importa, quantos morram no Paquistão, na Russia, na China, ou até no Brasil, a humanidade tem gente demais e vai continuar existindo, nem que precise voltar às cavernas.
No meu trabalho no Twitter, através do Blog e do Site, constato a mesma realidade: As pessoas não estão preocupadas e nem dando atenção aos alertas climáticos.
Só vão dar conta das dimensões da tragédia ambiental, decorrente das mudanças climáticas, quando a casa cair sobre a cabeça deles próprios.
Enquanto estiver caindo, só a casa do vizinho, os demais não querem saber.
Existe um ditado popular no Brasil, que diz o seguinte: "O pior cego é o que não quer ver". No Brasil ninguém quer ver, saber ou ouvir falar das mudanças climáticas, até a casa cair na cabeça.
Os brasileiros, em particular, estão reagindo diante das catástrofes ambientais, da mesma maneira que reagem diante das mortes no trânsito, diante da corrupção na política, diante do tráfico de drogas, e outras mazelas sociais que necessitam de ação urgente através de consciência e mobilização da sociedade organizada.
O posicionamento social, em geral, é de indiferença, apatia, conforme um outro ditado popular: "Farinha pouca, meu pirão primeiro".
Só ocorrerá uma conscientização e mobilização social e governamental depois que o ladrão arrombar a porta. Depois da porta arrombada, o cadeado é trocado.
Mas, infelizmente, para milhões de vidas que serão sacrificadas, será muito tarde...
RUI SANTOS DE SOUZA
Brasil, Curitiba, 12 de setembro de 2010 - 09h:59
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