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domingo, 1 de agosto de 2010

Brasil é um Circo, com show de má qualidade!

O Brasil é um Circo, que apresenta espetáculos de péssima qualidade política, intelectual, cultural, social, econômica.

Os brasileiros nem percebem, porque os macacos falam do rabo dos outros no caminho, mas não percebem o próprio rabo no caminho.

Quem tenta debater assuntos sérios, relevantes é um "chato".

Só faz sucesso no Brasil quem fala e faz palhaçadas, distribui sorrisos de hiena, dá tapinhas nas costas, beijos, abraços, e outras idiotices institucionalizadas.

Começo a desconfiar que Charles de Gaulle e Sylvester stallone estavam certos quando ridicularizaram os brasileiros.

Gente séria não faz gracinhas e nem distribui agrados. Aprendi, ao longo dos anos, que pessoas sérias, geralmente são antipáticas, concentradas naquilo que estão fazendo, são pessoas responsáveis e cobram as responsabilidades de seus subordinados, obstinados na busca da perfeição.

Os apresentadores de programas, analistas de notícias policiais, jornalistas,políticos,professores, não importa a atividade profissional, para fazer sucesso tem que fazer e falar palhaçadas de quinta categoria.

O brasileiro não percebe a própria imbecilidade, e o twitter e a campanha eleitoral 2010 desnudam esta idiotização das temas sérios.

Quem está longe vê melhor.

Impressiona constatar a idiotização dos meios de comunicação no Brasil.

Idiotização da Mídia Oficial, tradicional, escrita, eletrônica e outros meios de comunicação.

O Orkut ficou idiiotizado.

O Twitter também já está idiotizado.

Brasileiro não gosta de assuntos sérios, só gosta de assuntos idiotas.

Quem tenta propor um debate com seriedade é olhado com suspeita e desconfiança, mas os que fazem palhaçadas são idolatrados, seguidos, fazem sucesso.

No Brail só faz sucesso os jogadores de futebol, mas não pelo bom futebol, mas pelo corte de cabelo e as besteiras que fazem e falam fora do campo de futebol.

Os médicos pesquisadores, pesquisadores científicos, professores capacitados, e outras atividades nas áreas de pesquisa e avanço científico, cultural, intelectual estão no limbo do esquecimento de uma cultura que só reverencia os idiotas.

Na lista de sucessos do twitter brasileiro dá para perceber a qualidade.

Vejam a campanha eleitoral de 2010, causa ânsia de vômito ver a qualidade dos argumentos de convencimento usados para conquistar o eleitor.

Os cabos eleitorais, que invadiram o Twittter, não percebem o ridículo de seus beijinhos, abraços, citações de nomes e repetição imbecil de listas e mais listas de seguidores, interessados somente na quantidade, sem querer saber da qualidade.

No Brasil não há discussão de idéias, de temas, de propostas, mas sim de nomes de pessoas, fofocas e detalhes ridículos que não interessam a ninguém.

Argumentos ridículos para ganhar uma campanha eleitoral:

"Fernando Henqique Cardoso é ateu" - não interessa, quero saber se é um honesto administrador da "Coisa Pública"

"Dilma é antipática" - não quero simpatia, quero uma boa administração pública, e quanto mais antipática melhor. Já aprendi que a simpatia é uma armadilha usada pelas pessoas falsas.

"O Serra não é carismático" - os carismáticos são os mais perigosos, são centralizadores, tendências ao messianismo e aos regimes ditatoriais.

O Brasil está precisando em primeiro lugar de honestidade, de seriedade, de técnicos, de profissionais qualificados, que cumpram suas responsabilidades com rigor.

"A Marina é crente" - pouco importa ao eleitor inteligente, se é crente, católica, ateu, ou outra religião qualquer, o que importa são as idéias, os propósitos, as propostas, e principalemente se o histórico garante suas boas intenções.

Podemos melhorar o Brasil se nós, eleitores, melhorarmos primeiro a qualidade de nossa escolha.

Voto consciente do eleitor na hora da urna, e depois das eleições cobrança, muita cobrança, acompanhamento, denúncias, coragem para denunciar, patriotismo, qualidade, são os pressupostos para melhorar a qualidade do espetáculo circense que apresentamos hoje no Brasil.

RUI SANTOS DE SOUZA
Brasil, Curitiba, 01 de agosto de 2010 - 10h:28

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