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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Religião e Ciência: Mãe e Filha, com o mesmo DNA: (Dogmas)...



Relação entre religião e ciência
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.





Ciência e religião são retratadas em harmonia por Louis Comfort Tiffany no vitral "Educação" (1890).

Há diversas maneiras de se pensar como se dá a relação entre religião e ciência. A história da humanidade mostra que as visões acerca da natureza da ciência e da natureza da religião mudam com o tempo, de acordo com as concepções filosóficas e contextos políticos, sociais, econômicos, etc[1],[2].

Historicamente, a ciência tem tido uma relação complexa com a religião; doutrinas religiosas por vezes influenciaram o desenvolvimento científicoenquanto o conhecimento científico tem surtido efeitos sobre crenças religiosas. A visão do ser humano sobre os deuses influencia a visão dele sobre natureza e vice-versa, já que o ser humano é um ser integral.Um ponto de vista descrito por Stephen Jay Gould como magistérios não-sobrepostos (ou não interferentes) - em inglês Non-OverlappingMagisteria (NOMA) - é que a ciência e a religião lidam com aspectos fundamentalmente distintos da experiência humana, e desta forma, quando cada uma delas permanece em seu próprio domínio, elas coexistem de maneira pacífica. [3]. Outra visão conhecida como a tese do conflito, afirma que a religião e a ciência inevitavelmente competem pela autoridade sobre a natureza da realidade, de forma que a religião está gradualmente perdendo a guerra contra a ciência ao passo que as explicações científicas tornam-se mais poderosas e gerais. [4] Esta visão foi popularizada no século XIX por John William Draper e Andrew Dickson Whi

Visão geral
Ciências e Religiões: construções humanas

A religião e a ciência são construções humanas, que variam com o tempo. Dentro de qualquer religião há uma variedade de posicionamentos, ramificações, segundo as diversas interpretações que fazem das escrituras que consideram sagradas, inspiradas por deus ou deuses, e geralmente tidas como revelações diretas deste(s) ao homem. Há uma multiplicidade muito grande de pareceres teológicos dentro de cada religião, acompanhando assim a variedade de formas com que o ser humano vê as questões que envolvem os deuses e o homem. Assim também na ciência, há diversas visões sobre sua epistemologia, ou seja, há concepções distintas sobre como o conhecimento científico é gerado e sobre a natureza e autoridade da ciência. Alguns cientistas entendem a ciência como instrumento para se achegar a Verdade Absoluta, outros a veêm limitada e restrita às limitações racionais e experimentais humanas. Alguns crêem que é possível verificar algo, outros entendem que só é possível excluir possibilidades e outros acham que as infinidades de possibilidades e conjecturas da mente, as formas de pensar humanas não esgotam todas as variáveis do problema, que os experimentos criados são limitados pelas pré-suposições de como é a natureza e que as próprias percepções, medições e sensibilidade aos fatos são limitados. Assim, há uma grande variedade de concepções epistemológicas da ciência e da religião (de como os conhecimentos religiosos e científicos são adquiridos) e das relações entre a ciência e a religião (historicamente e na atualidade), variando do antagonismo e separação até a colaboração próxima. [5], [6], [7], [8].

Relações entre Ciências e Religiões ao longo da história

As relações entre ciência e religião mudam ao longo da história e envolvem uma gama muito grande e complexa de aspectos, como politicos, sociais, econômicos e aqueles que envolvem as relações de autoridade e poder, visões epistemológicas das épocas, forma das práticas científicas em cada época, relação ciência e sociedade, choques entre culturas distintas, etc[9],[10].

na Antiguidade

Em todos os tempos, o ser humano sempre buscou conhecer o sobrenatural - os deuses - e a natureza. Na Antiguidade, havia diversas formas de buscar conhecer a natureza, mas algumas delas estavam vinculadas a cultos de natureza espiritual, cultos a divindades e rituais místicos, emitologia[11]. A idolatria babilônica, suméria, egípcia e posteriormente a grega consistiam em adorar coisas da natureza, invocando-as como deuses para que elas provessem o que necessitavam ou desejavam. Assim, a adoração ao deus sol, por exemplo, consistia em invocação de espíritos, acompanhada de oferendas para que se obtivesse a condição climática favorável para uma colheita aprazível. Na idolatria, a manifestação de espíritos sobre aquele elemento da natureza propiciava a benção desejada pelo adorador. Trata-se de uma visão animista, onde as coisas da natureza ganham "vida" através da invocação da divindade e manifestação de espíritos [12]. O conhecimento, na Antiguidade, desenvolveu-se em função da agricultura, que era administrada por sacerdotes que efetuavam os cultos aos ídolos, que eram, muitas vezes elementos da natureza. Observar resultados da natureza estava, portanto, muito vinculado à prática da idolatria. Essa forma de conhecer a natureza era associada a invocação de espíritos, com exceção da civilização hebréia, a única que adorava um único deus criador e confiava nele para suas provisões, não adorando as coisas criadas[13].
Ao lado da idolatria grega, surgiram pensadores na Antiguidade grega que queriam estudar a natureza sem evocar espíritos. Esses buscavam se ater à razão como principal instrumento para o conhecimento. A dialética e o discurso ganharam muita força nessa época onde as verdades instituídas eram ganhas com base no raciocínio lógico, indução, dedução e na capacidade de persuasão do estudioso. Diversas escolas racionalistas gregas surgiram, das quais as mais famosas são atribuídas a Platão e a Aristóteles.

O racionalismo é um movimento filosófico que crê que a razão é instrumento para se achegar a Verdade Absoluta. Ganhou força com as visões platônicas (Platão) de que o mundo das idéias seria um mundo perfeito onde encontra-se a realidade [14],[15].


na Idade Média

Durante toda a Idade Média, houve uma luta pelo poder entre a Igreja Católica e os pensadores da natureza. A Igreja queria impor que ela era a instituição que definiria o que é verdade sobre todos os assuntos, inclusive sobre a natureza. Essa atitude impedia a liberdade investigativa da natureza. Inicialmente o conhecimento grego era banido e a partir do século XII, com Thomas de Aquino e outros "pais da Igreja", algumas visões filosóficas da natureza dos gregos foram incorporadas na Teologia Católica e impostas à sociedade. Dessa forma, a Igreja Católica concentrava-se em si mesma a autoridade para assuntos religiosos e da natureza, autoridade a qual todos deviam se submeter, sob ameaças de terríveis punições[16]. No século XVI, Galileu Galilei (1564-1642) lutava pela autoridade da ciência: “à ciência cabe dizer como vai o céu, e à religião como se vai ao céu”. Galileu foi pressionado a se retratar diante do tribunal da Inquisição, dizendo que era falsa a idéia de que a Terra girava em torno do seu eixo e em torno do sol. A postura impositiva da Igreja, o pensamento de que ela deveria ser quem determina a Verdade, também acerca da natureza foi a causa de muitas polêmicas no início da era moderna. A filosofia da natureza passou a lutar para dizer à sociedade que ela poderia estudar a natureza e ter autoridade para emitir pareceres[17].

na Idade Moderna

Com a modernidade, a filosofia da natureza desenvolveu métodos próprios de investigação e se tornou institucionalmente laica, isto é, independente da Igreja. A observação e a experimentação foram sendo entendidas como sendo muito importantes para o conhecimento da natureza. Ao longo do tempo a visão sobre como realizar o processo de se conhecer a natureza (Filosofia da Natureza) foi se modificando. René Descartes (1596-1650), um dos filósofos mecanicistas propunha a "realidade dualística", ou seja, a existência de dois mundos separados "o reino de extensão material, de caráter essencialmente geométrico e mecânico" e o "reino da substância do pensamento, que não possui extensão" [16]. Dessa forma, ele divorciou a mente do corpo pela crença racionalista. O racionalismo é uma corrente filosófica que enfatiza o a priori, as ideías como instrumento para se achegar a Verdade. Para Descartes, o corpo era uma máquina. Na visão mecanicista, a física da máquina ou das invenções humanas é a mesma que a física da natureza. Isso propiciou a visão reducionista, onde o objeto analisado é uma amostra reduzida do mundo. Mais tarde, o reducionismo vai influenciar a ciência moderna, onde o laboratório, a reprodução da natureza no laboratório, é visto como uma amostra reduzida do mundo, e por isso ganha o status de poder ser visto como se fosse a própria natureza. No entanto, sabemos que não é a natureza, mas uma tentativa humana de reproduzí-la[18].

Gradativamente ia se rompendo a antiga relação entre a filosofia e a filosofia da natureza, que mais tarde, vem a se chamar ciência. Isso ocorreu quando as ciências individuais (os diversos ramos do saber) passaram a ter pretensão de um conhecimento independente e metodologicamente garantido. Nessa ocasião, a filosofia e a ciência passaram a concorrer. Essa atitude ocorreu no século XIX e foi fundamentada por uma determinada filosofia, ou modo de entender o mundo, designadapositivismo[14].

O positivismo é uma visão filosófica baseada no indutivismo, no verificacionismo e no empirismo. O empirismo é uma doutrina filosófica que entende o experimento como instrumento para se achegar a Verdade absoluta (de forma progressiva). Os positivistas não isentavam o Método Científico das suas limitações em medidas, mas submestimaram a influência da visão de mundo do cientista e as concepções a priori que ele tem a respeito de um objeto de estudo da natureza. Também superestimavam o experimento (aliado à razão a priori que concebe o experimento e o aparato experimental) como instrumentos para verificar algo, provar algo. além disso, tinham a crença de que a ciência sempre progride, o que a história da ciência tem provado ser errônea, pela idas e vindas de concepções científicas ao longo do tempo. Alguns exemplos disso são o atomismo e a concepção ondulatória da luz[7]. Alguns dos defensores do positivismo foram Francis Bacon(1561-1626),John Locke (1632-1677), George Berkeley (1685-1753), David Hume (1711-1776) e Auguste Comte (1798-1856).O empirismo reduz tudo à experiência, sem se interrogar pelas formas a priori, ou seja, as pré-suposições e a metafísica que a envolve[18]. O verificacionismo é a crença de que é possível verificar ou provar algo com certeza absoluta (os empiristas acham que isso se dá mediante o experimento, com base na observação; os racionalistas acham que isso se dá por meio da razão). O indutivismo é uma posição filosófica que vê como válido e verdadeiro o exercício racional da generalização de uma afirmação sobre algo específico (no positivismo essa afirmação tem fundamento na observação). Dessa forma, a partir de progressivas observações se conclui uma lei ou princípio geral.[19].

A concepção de ciência positivista e religiosa de Comte

O sociólogo ateu Augusto Comte (1798-1856) pretendeu formar uma nova "ciência da sociedade" através do positivismo. A ciência do ponto de vista positivista é uma "ciência exata, metodicamente controlada (pelo método científico), parte de experimentos e observações empíricas, alcançando assim, passo a passo, o conhecimento dos princípios universais e superiores ou "fatos", tal como o conceito de gravitação de Newton. As ciências naturais assumiram esse caráter pouco a pouco"[20]. O que antes era entendido como "fatos", verdades absolutas, devido essa postura dogmática, chamada pelo filósofo Hilton Japiassu de "puritanismo racionalista"(prega o primado do racional ou científico sobre outras formas do saber, pela excessiva confiança na razão como configuradora do instrumento que leva a tentativa humana de buscar a verdade absoluta[21]) nega hoje entendemos de forma diferente.
Comte tinha em vista realizar uma dominação coletiva unindo as forças que lideravam a sociedade (banqueiros e capitalistas) ao círculo de cientistas positivistas, com vistas de que a autoridade da ciência substituisse a autoridade do clero e da nobreza. Augusto Comte defendia que o conhecimento humano individual (os diversos ramos do saber) passa por três estágios: o religioso, o filosófico e o científico. Assim, Comte pensava que havia 3 épocas históricas: Na época religiosa, o homem explica os fenômenos recorrendo a causas sobrenaturais; na época filosófica, explica recorrendo a princípios racionais; na época científica, explica por meio das leis naturais, as quais explicam por si só os fenômenos Dessa forma ele dava autoridade à ciência para falar sobre a natureza, vencendo o dogmatismo religioso, que consistia na tentativa da Igreja de centralizar em si mesma a autoridade para falar sobre a natureza [14].

O desejo de Comte era fundar uma "espécie de religião da humanidade" onde o amor pela humanidade seria a "natureza suprema", assim pregava o altruísmo. O positivismo de Comte tinha os seguintes pilares: 1)o real pode ser desvinculado do imaginário; 2)o útil deve ser incentivado, o que tem aplicação para aprimoramento da vida e não o "ocioso"; 3)diante das decisões o certo é aquilo que tem "harmonia lógica"; 4) a crença de que existe o exato e que esse deve ser preferido diante do incerto; 5)o construtivo (a idéia de progresso) deve ser escolhida em detrimento da postura "crítica-negativa"; e 6)o relativo (para frear a imposição e pretensão dogmáticade absolutez da teologia e da metafísica)[14].
Augusto Comte defendia que o conhecimento humano individual (os diversos ramos do saber) passa por três estágios: o religioso, o filosófico e o científico. Na época religiosa, o homem explica os fenômenos recorrendo a causas sobrenaturais; na época filosófica, explica recorrendo a princípios racionais; na época científica, explica por meio das leis naturais, as quais explicam por si só os fenômenos[14].

Da Idade Moderna à Contemporânea

Grandes revoluções no pensamento científico, principalmente na Física, com a Física Quântica e a Relatividade de Einstein, incentivaram maiores estudos de história e epistemologia das ciências no século XX. Gaston Bachelard, Karl Popper, Thomas Kuhn, Paul Feyerabend, Emri Lakatos e outros cientistas, filósofos e historiadores da ciência tentaram descrever o processo de se fazer ciência com base nos estudos de história da ciência e da lógica. Eles perceberam, pelo desenvolvimento científico que ocorreu na passagem do século XIX para o XX, que as pressuposições positivistas acerca da ciência, como a confiança exacerbada na observação e também nos pré-supostos lógicos que levavam a criação dos experimentos, eram pontos que deveriam ser reformados na epistemologia na ciência [22]. Esses filósofos da ciência levantaram a presença de diversos fatores subjetivos na forma de pensar dos cientistas que acabaram por propiciar inclusive os enganos a respeito da natureza. Assim, a imaginação, a visão da pessoa sobre deus ou os deuses e a origem do Universo, seu contexto social, politico, suas premissas sobre eficácias de dispositivos e aparatos experimentais (e de que esses reproduzem com fidelidade a natureza, suas pré-concepções ou crenças acerca do comportamento da natureza, são elementos que devem ser considerados ao analisar-se o processo de fazer ciência - mesmo que ao rigor da definição moderna de ciência estes devam ser excluídos do referido processo[23]. O método científico configura-se atualmente como um filtro para minimizar ao máximo tais influências de origem pessoal dentro da ciência ao exigir coerência constante, a mais simples e abrangente, com o mundo natural.

Atualmente sabemos que o experimento laboratorial é uma tentantiva de reprodução do que acontece na natureza, expondo parte da natureza mas não a natureza em sua totalidade. [24]. Dessa forma, simplificamos a natureza para que possamos estudá-la, pois se não conseguimos dar conta do número imenso de variáveis que envolvem um sistema natural ou real simultaneamente, temos que fazê-lo por partes. A mensuração é um processo limitado de um sistema escolhido segundo hipóteses e pré-suposições de natureza teórica, que pode ser refinado até o limite da execução prática, não encerrando, entretanto, precisão absoluta. Nestes termos, a descrição completa da natureza em seus mínimos detalhes não é algo alcançavel mesmo para a ciência moderna: a ciência constrói modelos da natureza, e a compreende através destes modelos. Estes podem ser refinados até o limite imposto por condições práticas, mas por mais que se trabalhe o mesmo, um modelo da natureza não é a natureza em si. Neste aspecto a historia da ciência tem mostrado que produzir conhecimento válido a cerca da natureza é um grande desafio para a humanidade[23], [25].

Limitações das Ciências e das Religiões

É inerente ao ser humano a busca de compreender o sobrenatural (e assim entender sua origem e propósito) e também de conhecer a natureza, bem como conviver com ela, cuidar dela e dela extrair seu sustento e provisão. O ser humano tem seus pareceres sobre ambos, sobre deus ou os deuses e sobre a natureza, pois é um ser integral, que pensa sobre sua origem e fim e que está inserido na natureza. Ele leva consigo sua visão de mundo em todas as atividades que faz. Suas hipóteses e maneiras de pesquisar sofrem influências de sua maneira de pensar sobre o mundo, ou seja, sua subjetividade está presente consigo em todas as atividades que realiza. As evidências da presença dessas subjetividades no processo de se fazer ciência tem sido relatada por diversos estudiosos da história e filosofia da ciência como Karl Popper,Thomas Kuhn, Gaston Bachelard, ImreLakatos,Alexandre Koyré e outros[26],[27],[28].

O ramo da filosofia que trata das visões sobre como o ser humano vem a conhecer é chamadaepistemologia. Existem várias posturas e crenças de como o conhecimento científico se dá. Portanto, há uma variedade de posições e crenças (visões) epistemológicas da ciência [29],[28].

Natureza das práticas científicas: abordagem histórica

Desde o século XVI até os dias de hoje, tem sido comum a visão de que a religião e a ciência empregam diferentes métodos para se dirigir a questões diferentes sendo o método científico uma abordagem objetiva para mensurar, calcular e descrever o universo natural, físico e material e as religiões mais subjetivas, baseando-se nas noções variáveis de autoridade, revelação, intuição, crença no sobrenatural, na experiência individual, ou uma combinação destas para compreender o universo. Contudo, filósofos da ciência como Thomas Kuhn, através da história da ciência, perceberam que os elementos subjetivos do ser humano estão também presentes no ser humano que analisa a natureza ou que faz ciência[30]. Sendo assim, as pré-suposições, as hipóteses e modelos teóricos, os métodos de raciocínio dedutivos (vinculados a hipóteses e crença de que se esgotaram as variáveis do problema pelo modelo empregado) e indutivos (onde faz-se uso de generalizações), formas de medições do objeto de estudo e os sensores dessas medições são variáveis que fazem parte também da prática científica e que são muitas vezes subjetivas, limitadas e contaminadas pelas visões que cada cientista traz consigo, independente do seu desejo de manter-se imparcial e de sua postura ética de compromisso em buscar a verdade e dar testemunho fiel do que percebe[17].

Limitações e enganos da ciência

As limitações da ciência e a natureza dos erros que ela incorre fazem parte da condição de atividade humana que ela é. Isso de forma alguma a invalida, pois ela tem dado importantes contribuições para a humanidade, como por exemplo as vacinas, energia elétrica, refrigeração de alimentos, etc, além de melhor entendimento do comportamento da natureza, embora esses sejam limitados, temporários e sujeitos a erros.

Algumas visões científicas que mais tarde foram consideradas enganos da ciência, que influenciaram fortemente o pensamento humano envolveram temas centrais da ciência como a possibilidade do infinito, a natureza da matéria e das reações químicas, a origem da vida, a causa das epidemias. Alguns exemplos de enganos da ciência foram: o modelo Geocêntrico (a concepção de que os planetas giravam em torno da Terra), a geometria euclidiana, a Teoria da Relatividade de Newton, o calórico (acreditava-se que o calor era uma substância e não uma forma de energia),etc [31]. Convém mencionar que o uso do termo engano é referente a comparações entre teorias antigas e teorias posteriores, já que o conhecimento científico está constantemente em construção (ver item Ciências e Religiões: construções humanas).

Todo ser humano tem alguma posição sobre os deuses e querendo ou não sua visão a esse respeito influencia todas as demais áreas do seu viver, já que somos seres integrais e não podemos separar nossa visão sobre os deuses da visão que temos acerca da natureza. Assim, todas as posturas devem ser respeitadas e deve-se evitar posturas intolerantes ou atitudes que diminuam qualquer ser humano pela sua concepção sobre deuses ou sobre a natureza. A ciência conta com rigores, e busca valer-se da observação, experimentação, mas também de hipóteses,modelos, raciocínio lógico para entender melhor a natureza e ajudar a sociedade a ter melhor qualidade de vida (provisão, sustento, sobrevivência). No entanto, os cientistas, como todos os seres humanos, não estão isentos de equívocos pois muitas vezes a natureza se mostra diferente da forma como o homem a supôs, já que as limitações humanas impedem de controlar todas as variáveis da experimentação e as conjecturas da mente humana as vezes se enganam e não conseguem alcançar a complexidade do mundo ao nosso redor. Portanto, tanto a razão (conjecturas racionais) quanto a observação (limitadas aos sentidos humanos: tato, audição, visão, e equipamentos que o homem concebe para realizar medições) são restritos, falhos e limitados[17].

Segundo Martins, "apesar de todas as idas e vindas e das incertezas perpétuas, não há dúvidas de que nosso conhecimento científico é superior ao de dois séculos atrás, ou da Antigüidade. Porém, é aceitando as incertezas e abandonando o dogmatismo cego que a ciência poderá continuar a progredir e a se transformar. E não por meio de um otimismo ingênuo e desprovido de crítica"[32].

Exemplos de enganos da Ciência na história da humanidade

Alguns exemplos de enganos de teorias científicas ou revoluções de pensamentos científicos ao longo da história foram a reforma da Gravitação Newtoniana com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, por exemplo. Mas assim ocorrem as mudanças de visões sobre o comportamento da natureza ao longo da história, que fazem parte da ciência, e como a história da ciência mostra, as vezes há retomadas de posições teóricas muito antigas, séculos depois, quando se percebe alguma inconsistência na visão atual. Um exemplo disso é a visão atomista, que vinha desde os gregos antigos e que depois foi deixada de lado pela visão aristotélica dos 5 elementos e depois de séculos retomada. Outro exemplo seria a natureza corpuscular da luz, que era a visão de Newton, que foi abandonada pela visão ondulatória de Huygens e posteriormente retomada por ocasião da Física Moderna, que propiciou o nascimento da Física Quântica[33].

Limitações das Religiões

Tanto a ciência quanto a religião são construções humanas, e como tais, sujeitas a equívocos e às limitações humanas. As religiões baseiam-se geralmente (mas nem sempre) na interpretação de escrituras tidas como sagradas, ou seja, na hermenêutica, o ramo da teologia que estuda os deuses. As religiões estão sujeitas às demais visões sobre o mundo e aos interesses de natureza política, social, econômica, filosofia, etc, assim como qualquer instituição inclusive a comunidade científica[12].

Conclusão

A religião e a ciência não são instrumentos para se atingir a Verdade Absoluta, pois estão sujeitas a erros por serem feitas por seres humanos, muito embora possam existir posturas dogmáticas, impositivas ou intolerantes, tanto acerca da religião quanto da ciência. Contudo, para aqueles que crêem em deuses, em um criador no caso do monoteísmo - estes são geralmente a verdade e as escrituras sagradas são a verdade reveladas, de autorias das próprias divindades, feita mediante o uso de escritores designados e inspirados por eles. Posturas dogmáticas e intolerantes surgem da busca de ter status, autoridade sobre o outro, para fins de exercício de poder e domínio sobre os outros (ligados a auto-exaltação e orgulho humanos). Infelizmente, a história da humanidade mostra que houve uso de intolerância, imposição e dogmatismo tanto das religiões quanto da ciência. Exemplos dessas intolerâncias são respectivamente a Inquisição na Idade Média e o dogmatismo científico de alguns cientistas da atualidade (como Richard Dawkins que ridiculariza a crença em deuses com argumentos ditos por ele como sendo científicos, mas repletos de visões ditas verdades absolutas que extrapolam e fogem ao âmbito das limitadas hipóteses e experimentações humanas ou tentativas de reproduzir a natureza de maneira artificial e restritas ao número de variáveis simultâneas que o ser humano consegue controlar. Nesse sentido, deve-se evitar toda postura que deprecie ou desvalorize a concepção do nosso próximo e fira os valores de igualdade entre todas as pessoas, quer advinda das religiões ou da ciência. A igualdade e respeito vêm sendo objetos de luta e metas para o bom convívio pretendidas por diversos organismos normativos do mundo, valores os quais os direitos humanosvisam resguardar[21].

Uma questão de escolha?

Há diversas posturas ao se considerar as relações entre ciência e religião. Estas vão da incompatibilidade completa à fusão entre ciência e religião. Nada impede, entretanto que alguns posicionamentos apresentem elementos de mais de uma dessas posturas ou categorias. Os defensores destas posições apresentam, cada qual, argumentos defendendo seu ponto de vista e criticando os outros pontos. A avaliação dos mesmos fica a cargo do leitor.

Posição atual da ciência frente aos dogmas

Na visão positivista da ciência[28] (ver também item Relações entre Ciências e Religiões na história -na Idade Moderna), tem-se o Método Científico como separador de águas entre conhecimento científico e não científico. O Método Científico considera as evidências naturais - que após algumas considerações dão origem aos ditos fatos científicos - como as verdades absolutas envolvidas na produção do conhecimento científico. Sobre estes fatos, que juntos formam um único conjunto válido em sua íntegra para todas as cadeiras científicas, idéias são propostas visando conectá-los em uma relação natural de causa e efeito . As idéias em ciência jamais são tidas como verdades absolutas uma vez que estão obrigatoriamente em perpétuo teste, em perpétuo confronto com os fatos conhecidos, e principalmente, com os fatos que por ventura venham a ser descobertos. As idéias são sempre abertas a mudanças para que possam se ajustar a todos os fatos até então conhecidos de forma harmônica, formando de forma indissociável, juntamente com estes, o que denomina-se por teoria científica. Assim, o método científico proíbe explicitamente a existência de dogmas dentro da ciência. A ciência e suas teorias evoluem com o tempo.

Em religião tem-se quase sempre o contrário. Idéias dogmáticas, tidas como verdades absolutas, encontrando-se as mesmas geralmente registradas em um tomo sagrado, sendo estas sempre absolutas e incontestáveis mas raramente escritas de forma denotativa e sim conotativa, e não obstante reveladas por um ou mais seres onipotentes, oniscientes e onividentes (deuses), seres para os quais não há evidências concretas de existência - sendo os mesmos matéria de fé - são os pilares de qualquer religião. Quando fatos naturais confrontam diretamente com os dogmas de uma religião, dogmas estes também fundados na fé e não em fatos, o que geralmente acontece quando a religião e seus dogmas procuram dar conta da compreensão dos fenômenos encontrados no mundo natural em que vivemos, as religiões vêem-se obrigadas a renegar tais fatos, ignorá-los, ocultá-los, ou "ajustá-los" a seus dogmas, uma vez que seus dogmas não podem mudar para ajustarem-se aos fatos contraditórios. Associada ao fanatismo de muitos, muitos foram os casos onde os citados fatos, juntamente com seus descobridores, acabaram literalmente incinerados.

Galileu Galilei, pai da ciência moderna e do método científico, não provou, por pouco, esta postura dos religiosos diante dos fatos, sofrendo entretanto penalidades impetradas por seus inquisidores que, não muito menores, se não o mataram em termos carnais, o mataram, sem a menor cerimônia, por completo, no que tange à sua produção científica e ao "incômodo" que estas causavam.

Nestes termos a ciência não entra no âmbito religioso pois a ciência, apesar de adotar o Método Científico e ter por fundamento os resultados do emprego do mesmo - método no qual dogmatismo, neste cenário, não encontra espaço pois quase nunca é forma coerente de se produzir conhecimento válido sobre o universo natural no qual vivemos, esta restringe-se em simplesmente não adotar idéias dogmáticas. Ela não avança para além disto, passando por si a combater toda e qualquer idéia dogmática. A ciência não está em guerra declarada com a religião, portanto. Contudo é verificável que a história da ciência é rica de relatos sobre derrocadas geralmente dolorosas de dogmas, muitas vezes milenares, frente a fatos naturais gradualmente descobertos ao longo do tempo, tanto no que tange à posturas extremistas dentro da própria ciência quanto no que tange as religiões.

Ressalta-se portanto que a posição da ciência atual frente à religião não é a de negar a existência de um deus ou deuses: a ciência não afirma que deus ou deuses não existem. Contudo a posição da ciência atual é uma posição acerca da natureza, onde todo e qualquer fato ou fenômeno naturais são automaticamente objetos de estudo, e nestes termos a ausência de fatos sobrenaturais coloca ametafísica fora do alcance da ciência. A proposta "Há um deus onipotente, onisciente e onividente" é por definição uma hipótese fora do âmbito científico, pois, assim como a afirmação “as esmeraldas são verdes ou não são verdes", esta viola as fronteiras que delimitam uma hipótese científica, a de ser testável e necessariamente falseável frente aos fatos naturais. Ambas as hipóteses citadas não são falseáveis frente aos fatos naturais e situam-se portanto fora dos domínios da ciência e do mundo natural.

Resume-se a postura da ciência atual na seguinte frase "A ciência não entra nos méritos dos deuses". Nestes termos é perfeitamente possível uma coexistência entre ciência e religião visto que a ciência não estende-se além das fronteiras do mundo natural, não manifestando-se e portanto não podendo, assim, impor condição alguma sobre qualquer dogma presente nas doutrinas religiosas, provido expressamente que estes dogmas não entrem em contradição com fato natural - fato científico - ou teoria científica natural alguma. Neste termos a religião seria uma extensão da ciência para além do mundo natural, para além das fronteiras do conhecido, coexistindo harmonicamente com a ciência. Contudo, o inverso não é verdadeiro. Não há espaço para dogmas e posturas dogmáticas dentro da ciência em sua versão moderna, e a ciência não preocupa-se com o estudo de "universos" ou "fenômenos" fisicamente inacessíveis. Estes estão fora de seu domínio, e por tal, ela nada afirma ou desafirma sobre os mesmos.

Conflitos entre religião e ciência surgem apenas quando dogmas religiosos querem se impor sobre fatos naturais verificados e teorias científicas que apresentam explicações naturais para tais fatos, mesmo quando em contradição explícita a estes. Nestes termos, a postura dogmática religiosa acaba tendo por inimiga a ciência, pois os fatos naturais, como fatos científicos verdadeiros, são necessariamente alvo de estudos da ciência e suas teorias. Contudo este não é um problema para a ciência - que não preocupa-se em princípio com os dogmas religiosos - e sim um problema para os religiosos e suas posturas dogmáticas apenas, provido que estes não queiram valer-se de autoridade política ou de massa para fazerem prevalecer seus dogmas, caso último em que a ciência não pode abster-se e entra em cena, gerando conflitos muitas vezes de proporções épicas nos casos mais acirrados [34].

Posição de Conflito

Essa posição enfatiza as diferenças entre as ciências e as religiões e entende a educação religiosa como sendo incompatível com a educação científica. Essa visão tem grande influência da religião positivista de Comte, comentada no histórico dessa página, onde a religião é vista como uma etapa cognitiva inferior na história da evolução do conhecimento da humanidade (ver histórico). Assim, para as pessoas que adotam essa posição, a educação religiosa é uma ameaça à educação científica pois há, segundo elas, "incompatibilidades metafísicas, doutrinárias, metodológicas e atitudinais" [35].

As pessoas que aderem a essa visão negam as relações entre ciência e religião. São também denominadas "puritanistas racionalistas" porque são adeptos do racionalismo, sistema em que a razão é erigida como sistema absoluto. Segundo Japiassu, os adeptos do racionalismo promovem um cientificismo que declara que "a ciência constitui o único caminho susceptível de conduzir-nos à Verdade, consequentemente ao Bem e ao Justo [36]. O racionalismo difere-se da racionalidade. A Racionalidade prima pelo uso da razão e é pela razão que se compreende que a razão é limitada, não sendo, assim, onipotente. O racionalismo é uma "crença segundo a qual todo objeto só pode ser pensado e resolvido por um bom uso da razão"[37]. O racionalismo pode ser visto como uma visão de mundo que exclui todo irracional, emocional, sentimentos, necessidades, paixões, enfim, toda subjetividade [21].

O Racionalismo e o Cientificismo

Segundo Japiassu[21], o racionalismo e o cientificismo ganharam terreno na 2ºmetade do século XIX, quando a ciência quis revestir a si mesma do poder de tudo explicar, colocando-se a si mesma como referência absoluta, passando assim a executar o papel de religião sobre a sociedade[38].

Assim, nesta posição, a religião é vista como algo ligado à fé e ao subjetivo e a ciência à razão (e ao experimento científico), por esse motivo pregam a superioridade da ciência para opinar sobre o mundo. Alguns cientistas dessa visão chegam ao extremo de usar a própria ciência para fazer afirmações sobre deus ou deuses, como é o caso de Richard Dawkins em seu polêmico livro "Deus, um delírio"[39], onde ele trata aqueles que crêem como sendo seres menos inteligentes, pregando que é mais sensato não crer em deuses. Outros estudiosos contemporâneos como Daniel Dennett eMichel Onfray, ao lado de Dawkins, consideram que não há benefícios decorrentes da religião.

Segundo argumentação dos defensores da incompatibilidade, ciência e religião são incompatíveis pois produzem conhecimentos de forma exatamente opostas. Em ciência tem-se, em acordo com a definição moderna, o Método Científico como separador de águas entre conhecimento científico e não científico. O Método Científico considera as evidências naturais - que após algumas considerações dão origem aos ditos fatos científicos - como as verdades absolutas envolvidas na produção do conhecimento científico. Sobre estes fatos, que juntos formam um único conjunto válido em sua íntegra para todas as cadeiras científicas, idéias são propostas visando conectá-los em uma relação natural de causa e efeito.

A religião tem-se justamente o contrário. Idéias dogmáticas, tidas como verdades absolutas, encontrando-se as mesmas geralmente registradas em um tomo sagrado, sendo estas sempre absolutas e incontestáveis mas raramente escritas de forma denotativa e sim conotativa, e não obstante reveladas por um ou mais seres onipotentes, oniscientes e onividentes (deus ou deuses), seres para os quais não há provas concretas de existência - sendo os mesmos matéria de fé - são os pilares de qualquer religião.

Os dogmatismos científico e religioso e seus perigos

O dogmatismo científico tem sido uma reação ao dogmatismo religioso. Historicamente, quando evidências naturais confrontaram diretamente os dogmas de uma religião, fundados na fé (e não em evidências de observações), a Igreja Católica, por não querer perder sua autoridade para falar o que é verdade também acerca da natureza perseguiu os que pensavam de forma diferente, agindo de forma intolerante e impositiva. Um exemplo disso está no embate entre Galileu Galilei e A Igreja Católica[16].

Portanto, o autoritarismo e a imposição religiosa ocorrem quando a religião e seus dogmas procuram dar conta da compreensão dos fenômenos encontrados no mundo natural em que vivemos. O lado oposto a esse é o ateísmo científico dogmático, que pretende, utilizando a ciência (bem como sua autoridade), iludidas[40]. Os dogmatismos, tanto das religiões quanto das ciências é algo nocivo já que impede o diálogo, gera o conflito e até mesmo a violência. Tanto as religiões quanto as ciências são construções humanas,e, como tais, passíveis de enganos e sujeitas as limitações intrínsecas ao ser humano. No entanto, para os que crêem, os deuses e as escrituras sagradas, revelação do(s) criador(es), são a verdade e essa crença deve ser respeitada assim como aqueles que não crêem em um deus ou deuses devem ser respeitados. O dialogo e a comunicação tem sido citados por pedagogos e psiquiatras como importantíssimos para a construção do conhecimento do indivíduo e da sociedade, bem como a transparência e liberdade de diálogo e ncomunicação não-violenta, imprescindíveis para evitar conflitos entre as pessoas[41],[42].

As idéias em ciência não devem ser tidas como verdades absolutas uma vez que estão obrigatoriamente em perpétuo teste, em perpétuo confronto com os fatos conhecidos, e principalmente, com os fatos que por ventura venham a ser descobertos. As idéias são sempre abertas a mudanças para que possam se ajustar a todos os fatos até então conhecidos de forma harmônica, formando de forma indissociável, juntamente com estes, o que denomina-se por teoria científica. Além do mais, história da ciência tem mostrado é que mesmo os rigores da razão e do experimentos e as incertezas oriundas a eles não impedem a ciência de cometer grande erros oriundos de enganos nas pré-suposições, hipóteses, na concepção da forma de medir e aparatos experimentais e muitas outras variáveis de ordem subjetiva como as influências econômicas e sociais que direcionam a comunidade científica e suas investigações. Alguns desses enganos tem perdurado por vários séculos e os erros tem feito parte da atividade científica ao longo da história como regra e não como exceção [43] (ver item limitações da ciência e das religiões).

Posição de Complementaridade ou Integração

Na posição de complementaridade ou integração, as semelhanças entre a ciência e a religião são enfatizadas. A ciência trata das questões naturais e experimentáveis, mas as respostas aos problemas existenciais cabe à religião. Portanto, há uma complementaridade. Um exemplo dessa posição é o geneticista Francis Collins, que não vê incompatibilidade entre ser um cientista e ter fé.[44] Até o século XIX, a maioria dos cientistas eram crentes. A partir da 2ºmetade do século XIX, a posição de conflito tem sido mais frequente na comunidade científica[17].

Posição de Indiferença

A outros a questão não interessa. Ou se é simplesmente religioso, ou simplesmente cientista. A forma paralela não importa.

Posição de Fusão


Algumas optam por uma fusão entre as formas de ver mundo. Há religiões com características de ciência e ciência com características de religião: Cientologia é um exemplo disso.

Cosmovisões

Outra maneira de perceber as posturas diante de ciência e religião são as cosmovisões relativas à origem do mundo e de seu governo:
A: Criacionismo – um ser onipotente criou o mundo e o primeiro homem.
B: Big Bang; Abiogênese; Biogênese e Evolução - Paradigmas científicos que explicam respectivamente a origem do universo, a origem da vida, e a diversidade e complexidade da vidacomo resultado de transformações eventuais e seletivas de organismos vivos mais simples - mediante processo de reprodução - decorrentes de leis naturais.
C: Design Inteligente – A vida surge de um ser onipotente e transcendental de modo indireto. Um designer inteligente dotou a matéria de capacidade de modelar e deu impulso à evolução.

As pessoas se situam diante dos temas: excluindo, conciliando ou fundindo.

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