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sábado, 19 de março de 2011

#Japão: Heroísmo genético

As tragédias simultâneas que acontecem no Japão, Terremoto, Tsunami e Colapso no Reator Nuclear, série de terremotos sucessivos e intermitentes, falta de combustível, falta de energia elétrica, falta de alimentação, milhares de mortos e desaparecidos, falta de transporte, falta de telecomunicações, neve rigorosa sem aquecimento, se fosse em qualquer outro país no mundo, teria provocado uma desordem social, violência urbana, pânico em massa, e todos os outros desatinos sociais decorrentes de tais situações trágicas.

Causa admiração e espanto constatar o heroísmo do povo japones.

Disciplinados, cirurgicamente dedicados, obstinados, fleumáticos de causar inveja aos inglezes.

O povo japonês é de uma coragem inigualável, e possui uma capacidade de resistência admirável e sem igual.

Ficaram famosos, os pilotos japoneses, que na ausência de bombas, durante a Segunda Guerra Mundial, usavam o próprio avião contra os alvos, numa misssão suicida que imortalizou os "Kamikazes", pelo heroísmo.

Os lendários "Samurais" cometiam suicídio, mas não admitiam a desonra.

O Japão perdeu a Segunda Guerra Mundial, mas mesmo invadido e dominado pelas nações aliadas, o Japão reconstruiu sua economia, dominou tecnologias, e transformou-se, mesmo sem forças armadas, numa das maiores potências do mundo pós-guerra.

A coragem, a dedicação, a aplicação do povo japones não tem paralelos na história da humanidade.

Os últimos acontecimentos no Japão revelam aspectos de um povo genéticamente heróico: Os pilotos dos helicopteros que jogam água na usina fritada, as equipes de técnicos, todos os japoneses que atuam na área contaminada pela usina nuclear, são verdadeiros heróis que estão sacrificando suas vidas para tentar resfriar o núcleo que fritou e contamina tudo e todos ao redor.

Sacrificam suas vidas heroicamente na tentativa de resfriar o reator, encaram a neve com naturalidade, mesmo sem aquecedores, não reclamam da falta de alimentação, formam filas e aguardam pacientes a vez de receber um punhado de arroz, não blasfemam, não reclamam, não revoltam-se, não gritam e nem causam desordens sociais, mesmo diante de tamanhas tragédias.

Causam espanto ao saber ter calma e segurança diante de sucessivos terremotos interminentes que tiram o sono, impossibilitam o trabalho diário, faz com que todos procurem abrigos a cada dez, 15 minutos por dia.

Nem uma vez o noticiário internacional mostrou gritarias, correrias, quebra-quebra, desespero ou cenas de vandalismo decorrentes das tragédias.

Prontos a trabalhar incansavelmente, em breve reconstruirão o país, e estarão mais fortes do que antes do terremoto.

Enigmáticos, poucas palavras, muito trabalho, muita disciplina, muita dedicação e eficiência em tudo que fazem.

RUI SANTOS DE SOUZA

Brasil, Curitiba, 19 de março de 2011 - 21h:21

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