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quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Advogado do Diabo

Vou desempenhar a função de "advogado do diabo", no extrito dever legal e contitucional de não deixer ser condenado um réu, sem a devida defesa, nos termos do "devido processo legal".

O "Mundo Civilizado"(?), pacifista, liderado pelos exemplares pacifistas, Brasil, Turquia e Irã, e as demais Nações Árabes, fizeram um estradalhaço enorme sobre o fiasco da operação israenlense, ao tentar impedir o avanço da "Frotilha da Paz (?).

Não quero defender a violência em hipótese alguma, considero toda morte um desperdício de sangue, e um crime contra a humanidade.

Nenhuma Nação, nenhum povo, nenhum Estado, sob qualquer pretexto, tem o direito de tirar a vida de ninguém, e vale esta lei inclusive para os Israelenses, para os"Homens-Mulheres-Bombas" dos Aiatolás, para os suicídas do Hamás, para Sírios, Libaneses e todas as Nações em conflito no Oriente Médio, na África, na Europa, na Ásia, nas Américas, etc.

Mas só que a regra tem que ser aplicada à todos, para que seja Justa.

A Lei Universal de respeitar a vida não pode ser aplicada para uns, e não para outros, pois perde a eficácia jurídica do princípio da "prevenção geral".

A Lei quando aplicada só a alguns, e a outros não, perde a eficácia jurídica, além de desmoralizar o próprio Instituto, e mais ainda, descrendencia o legislador por "suspeição", bem como o aplicador da lei.

A partir daí, atolamos no terreno caldaloso da "insegurança jurídica"

Diante do estardalhaço feito pelas mortes dos nove pacifistas da "Frotilha da Paz", quero questionar os acusadores sobre o silêncio diante dos milhares de outros crimes covardes praticados diariamente, em todos os recantos do Planeta Terra, começando pelo Brasil:

Quantos assassinatos de vítimas inocentes por dia, só no Rio de Janeiro e São Paulo?

Quantas vítimas de balas perdidas por dia, só no Rio de Janeiro?

Quantas vítimas inocentes, diárias, da violência policial no Brasil?

Quantos policiais, no extrito dever funcional, são assasinados diariamente, no Brasil, por bandidos perigosamente armados pela criminosa organização FARC?

Quantas vítimas inocentes do trânsito assassino, enquanto o poder público preocupa-se em abrir novas licitações para mais "praças de pedágio" nas estradas assassinas?

Quantas vítimas diárias, no Brasil, de "erros médicos", cometidos por "residentes" despraparados?

Quantas crianças maltrapilhas sem merenda escolar?;

Quantos doentes hiposuficientes sem medicamentos nas unidades de saúde?;

Quantos vão morrer, só no Brasil, neste inverno, por falta de vacina contra a H1N1, porque o dinheiro das vacinas foi desviado em obras públicas que o Ministério Público não pode investigar, que os Tribunais de Contas não podem analisar, e a Mídia não pode divulgar?

Quantos trabalhadores humildes, sem salário digno para sustentar suas famílias, vão desaguar na criminalidade?;

Quantos jovens drogados vão morrer, e com eles serão enterrados toda a família, sem que o Estado lhes ofereca um programa de reabilitação?

Quantas rebeliões em presídios e cadeias públicas do sistema aprisional brasileiro, lotadas de pobres coitados, sem grana para contratar os bons advogados dos corruptos?

Quantas vítimas dos deslizamentos em barracos de papelão, construidos nas encostas e pirambeiras dos morros, porque o que ganham de salário mínimo não dá nem para uma refeição diária da família, quanto mais pagar aluguel?

Quantas vítimas diárias, de um Desgoverno de cinco séculos de corrupção, que penaliza e sentencia à morte, excluindo socialmente, os que não são herdeiros do "Trono"?

O Brasil não tem nenhuma moral para dar "um pio sequer", na questão da violência israelense.

A violência que o Estado Brasileiro comete contra seu próprio povo, com a carga tributária criminosamente extorssiva, o torna suspeito e desqualificado para exercer a defesa dos crimes praticados por outros países.

O Brasil primeiro precisa acabar com as violências políticas, econômicas, sociais, educacionais, estruturais, para depois pensar em liderar qualquer irregularidade no cenário iunternacional, por mais chocante que fosse.

O Brasil violento, ladrão do dinheiro do povo, não deveria nem ser credenciado a participar da assembléia Geral da ONU.

Mas... dando um rápido passeio pelo Planeta, vejamos outros exemplos dos paladinos da censura pública à Israel:

Quantos o pacifista Hugo Chavez já mandou matar, direta ou indiretamente?

Quantos os pacifistas das FARC já mataram diretamente, ou indiretamente através das drogas?

Quantos o pacifista Mahmoud Ahmadinejad já mandou matar, direta ou indiretamente?

E a Turquia, que autoridade tem para falar de violência, já esqueceram dos Curdos?

Por que ninguém grita contra a China, mesmo moderna, que mata seus trabalhadores famélicos, com um salário aviltante? Imaginem o que acontecia por lá antes de ser moderna!

Quantos Stalin mandou matar?

Quantos Lenin mandou matar?

Quantos morreram pelas balas dos franceses, que mataram na colonização da África?

E os portugueses, quantos indios mataram no Brasil?

E as atrocidades e barbaridades dos Espanhóis na conquista das Américas?

Quantos foram mortos pelos Inglezes na Índia?

Quantos os japoneses mataram na Segunda Guerra Mundial?

Quantas vítimas deHitler e dos inocentes alemães que "não sabiam de nada" do que era praticado contra os judeus (acho que o Lula estava lá, ele nunca sabe de nada, igual aos alemães de Hitler).

Quantas vítimas dos americanos em suas intervenções imperealistas mundo afora?

Quantas vítimas inocentes morreram no 11 de Setembro, vitimados por uma teologia firmada num Deus sanguinário.

Quantos Fidel Castro já matou, direta ou indiretamente?

Quantos Raul Castro, o "Queridinho" da América do Sul, está matando nas prisões de Cuba?

Ninguém levanta a voz para falar de Dafur?

O Mundo Civilizado e Pacifista se cala diante de Angola?

Ninguém fala do desembarque da Normandia, ou a invasão de Berlim, onde Generais "super-gemados", sentenciaram à morte, milhões de jovens inderbes, sonhadores, que tiveram suas vidas ceifadas pela estupidez humana, que é a Guerra.

Para terminar minha defesa, em face da da desastrosa operação do bloqueio israelense, termino com uma sentença irrefutável:

"Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra" ( de notória autoria).

Face ao exposto, Senhores Meretíssimos, Julgadores do Estado de Israel, não pleiteio a absolvição, mas humildemente solicito o arquivamento da sentença, e que o Réu "Estado de Israel", cumpra sua pena através de "serviços comunitários", ou uma "pena alternativa" se preferirem, mas medido na mesma "régua" dos corrutos de Brasília, que com seus roubos ao dinheiro público, tiram mais do que vidas, ceifam sonhos, aniquilam esparanças, esfaqueam a cidadania, apedrejam a vergonha que se espera de quem pratica um crime, além de esmurrar covardemente o "futuro digno de uma nação ainda jovem", o que agrava a sentença penal contra os corruptos.

Nestes termos, pede deferimento,

RUI SANTOS DE SOUZA
Curitiba, 02 de junho de 2010 - 13h:54 (Brasil)

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