Mudanças climáticas e geológicas: "Alea jacta est!"

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Alea jacta est

Alea jacta est trata-se de uma frase em Latim,proferida por Júlio Cesar, dita ao tomar a decisão de cruzar com suas legiões o Rio Rubicão, que delimitava a divisa entre a Gália Cisalpina, (Gália deste lado dos alpes que hoje corresponde ao território do norte da Itália) e o território da Itália.

Pela lei romana não era permitido as legiões ingressar no território italiano devido a episódios anteriores em que generais romanos como Mário e Sila haviam usado seus exércitos para tomar o poder em Roma.

Devido a estes precedentes era proibido a um governador provincial, um Proconsul como Cesar, cruzar com suas legiões a divisa com o território Italiano. O Rio Rubicão demarcava esta divisa entre a Gália, governada por Cesar, e a Itália, e ao cruzá-lo Cesar declarava um conflito aberto com o Senado Romano e com Pompeu, que se colocava por motivos políticos seu defensor. Veja mais na Wikipédia.org...

A sorte está lançada!".

O mundo perdeu a oportunidade de evitar as graves alterações climáticas com conseqüências devastadoras, agravadas pela ação humana.

Aproveitem bem o Natal de 2010, que se aproxima-se , talvez o último que seja possível dizer: "Feliz Natal!", pois há fortes indícios que o ano de 2011 será de catástrofes ambientais sem precedentes na história conhecida da humanidade moderna.

Por uma série de motivos que vão desde a ignorância à ideologia política, aos poderosos interesses econômicos, o egoísmo, o individualismo pessoal e coletivo, vandalismo e inércia, por parte de um grande número de negadores do das mudanças climáticas e geológicas.

Os líderes das principais nações, a opinião pública, a mídia, e o resto do mundo esperou demasiado tempo para agir.

A reunião da UN, COP16, no paradisíaco e exuberante cenário de Cancún, dá indícios de fracasso, se existisse uma intenção séria e pragmática de preparação para medidas efetivas, a reunião teria sido realizada no Haiti, vítima de um terremoto mortal, flagelado pela doença da cólera, ou teria sido realizada no Paquistão, açoitado por uma enchente catastrófica e tendo a doença da Malária como conseqüência.

Estamos agora empenhados irreversíveis consequências a longo prazo e, inevitavelmente, danos vão desde o nível do mar subindo rapidamente, o estresse térmico muito maior e os prejuízos, as geleiras desaparecendo e neve, mais inundações e secas, e muito, muito mais.

Por mais de duas décadas, só um pequeno grupo de pessoas mobilizou-se, falou, escreveu, esbravejou contra a indiferença geral em relação às mudanças climáticas e geológicas.

A grande maioria que assumiu a responsabilidade de alertar sobre as conseqüências das mudanças climáticas e geológicas nem mesmo estava com boas intenções, embora, mesmo de má-fé, acabaram ajudando de alguma forma.

As evidências verdadeiramente científicas são incontestáveis, irrefutáveis, inquestionáveis, e por isso recentemente, os religiosos e os representantes de interesses comerciais lutam desesperadamente para evitar uma mobilização mundial, os primeiros apelando para a Bíblia e os segundos para argumentos progressistas e desenvolvimentistas

Toda a comunidade científica internacional concorda que a ação humana pode estar acelerando o processo de aquecimento global, com conseqüências imprevisíveis e irresistíveis para a humanidade.

Todos os cientistas especializados em atmosférica, climatologia, meteorologia, geológicos, hidrológicos, ecológicos, físicos, químicos e ciências biológicas, todos apoiam as descobertas científicas das alterações climáticas e geológicas, aceleradas pelo homem, de consequências desconhecidas.

A reunião de cúpula em Cancún, não tem poderes de determinar, é meramente consultiva e opinativa, os acordos, mesmo os firmados, nunca são cumpridos, e não resultará em nenhuma ação efetiva de evitar ou mesmo de simples preparação para enfrentar os desastres ambientais que aproximam-se:

Derretimento das geleiras - as geleiras continuarão no acelerado processo de derretimento, esquentando ainda mais o Planeta Terra, com as partes descobertas pela ausência de gelo, e a incidência direta dos raios solares sobre as águas.

A Oxidação dos Oceanos, que já está além do limite de suportável, comprometendo a existência de vida marinha nos oceanos.

A elevação do nível dos Oceanos comprometerá a vida de milhões de seres humanas que vivem em áreas litorâneas, além da destruição de toda a economia mundial que vive do turismo, da pesca, da hoteleira, construção-civil, e outras atividades relacionadas.

A Movimentação das Placas Tectônicas está sofrendo uma intensa pressão motriz, uma vez que a crosta terrestre aquecida, a movimentação dos oceanos em elevação, todos são mecanismos que alteram os padrões geológicos naturais.

Há indicativos evidentes que as atividades dos Vulcões estão em acelerado processo de atípicas movimentações, em conseqüência da maior movimentação tectônica, num efeito de jogo de dominó, quando uma peça derruba a outra, em seqüência interminável, até chegar à última peça.

Os Terremotos, os Vulcões e as Tsunamis são simplesmente peças do jogo de dominó, quando você derruba uma, pela proximidade em que se encontram, uma vai derrubando a outra. 

A movimentação tectônica intensa dos últimos meses é comprovada e diretamente relacionada com a atividade vulcânica, os terremotos e os vulcões, ou seja, o aquecimento global aciona e afeta todas as forças naturais, numa cadeia de reação Causa e Efeito.

A destruição das florestas é inteiramente irrecuperável, só a própria natureza, num processo de milhares de anos, poderia reconstruir todos os ecossistemas e biodiversidades que o homem já destruiu num enlouquecido processo predatório e autofágico.

O aquecimento dos Lagos é outra conseqüência irrecuperável em tempo hábil.

O transbordamento dos rios ou o desdaparecimento, o alagamento de áreas urbanas, a destruição de casas residenciais, destruição de pontes, estradas, serão uma constante diária, considerando o agravamento do processo de mudanças climáticas e geológicas já em adiantado curso de evolução.

A liberação dos gás metano, antes retido abaixo das camadas de gelo agora derretidos, é, agora, outra bomba-relógio global, que não haverá ninguém mais com capacidade de desarmá-la e evitar uma catástrofe mundial com efeitos desconhecidos pelo homem moderno.

O frio intenso em algumas regiões e as ondas de calor em outras regiões já estão acontecendo num grau e ritmo alarmante

Chuvas intensas provocando deslizamento de encostas urbanas e rurais, destruindo vidas e economias já fazem parte dos noticiários diários da mídia internacional, mas só que com perdas irrecuperáveis na economia e de vidas humanas.

Os incêndios florestais, a falta de alimentação, a falta de água potável, as doenças, a desorganização social, serão, a partir de hoje, serão meras conseqüências das mudanças climáticas e geológicas, que não consideramos com a seriedade necessária, e a falta de providências urgentes.

Não causa admiração e nem espanto nossa ignorância em relação às mudanças climáticas e geológicas, pois a humanidade sempre agiu com irresponsabilidade e de forma leviana diante das questões cruciantes que afligem nossa existência.

Nunca soubemos lidar com a distribuição de riquezas naturais, com as guerras, com a fome, com a miséria humana, com as epidemias, portanto seria uma surpresa muita grande que soubéssemos agir agora, com presteza e eficiência, em relação às mudanças climáticas e geológicas.

A ignorância e a falta de sensibilidade coletiva e política da humanidade é notória, ao longo de toda a nossa história, basta ver a reação pública diante das maiores descobertas da ciência.

RUI SANTOS DE SOUZA

Brasil. Curitiba, 05 de dezembro de 2010 - 17h:39