No Brasil existe uma expressão popular que diz: "Não adianta malhar em ferro frio"
No Novo Testamento, está registrado uma palavra de Jesus advertiu: ¨Não dar pérolas aos porcos"
O sentido é o mesmo, e o ensino é comprovado ao longo de toda a História da evolução humana.
Os treinadores profissionais de animais são capazes de treiná-los em qualquer atividade circense ou doméstica, usando um princípio educacional básico: premiar quando acerta, castigar quando não aprende.
A espécie humana não é capaz de aprender, qualquer pedagogia que seja usada.
A prova evidente é o trânsito, o uso excessivo de bebidas alcoólicas, medicamentos nocivos à saúde humana, alimentação imprópria, guerras desnecessárias, violência urbana, miséria, fome, doenças, corrupção, terrorismo, pedofilia, exploração infantil, violência contra as mulheres e crianças, desperdício de dinheiro público, ineficiência administrativa, mentiras em campanhas eleitorais, especulação econômica, e a lista é interminável, de exemplos que demonstram a incapacidade humana de aprender, mesmo com sofrimentos e castigos severos.
A espécie humana não aprende, as unidades aprisionais estão repletas, os hospitais e os atendimentos psiquiátricos não deixam dúvidas sobre a incapacidade humana de aprender.
Conselho da mamãe, do pastor, do padre, dos psicólogos, nada resolve a incapacidade humana de aprender com os erros do passado.
A espécie humana continua e continuará sempre agindo de forma irresponsável e irracional diante dos perigos e ameaças a sobrevivência de nossa espécie.
Qualquer leitor atento e consciente dos noticiários internacionais, ficará espantado com a nossa incapacidade de mudar o futuro.
A espécie humana é incapaz de mudar o futuro por várias razões:
A primeira é porque não estuda, não investiga, não questiona o passado histórico da nossa espécie, do nosso planeta, do universo.
O segundo motivo é a ânsia do lucro, a ganância financeira, a paixão pelo lucro fácil, que inibe a visão lúcida.
Qualquer espécie de paixão, seja amorosa, ideológica, religiosa, política, inclusive a financeira, inibe a capacidade de raciocinar e agir.
Estamos todos apaixonados pelo dinheiro, pelo consumismo, impossibilitando a visão de outras formas e modalidades de processos civilizatórios.
A superpopulação, os desastres ambientais, o desperdício financeiro e de vidas, provocados pelas guerras, as revoluções sanguinárias, os ataques terroristas, os crimes passionais, a guerra do trânsito, a violência urbana, enfim, há uma abundância de evidências que comprovam e denunciam o futuro sombrio de nossa espécie.
E sempre foi igual, desde o Jardim do Éden, quando Eva e Adão não obedeceram as advertências divinas.
Ninguém acreditou em Noé.
Moisés ficou indignado diante da incredulidade e indiferença de seu povo diante dos mandamentos divinos.
Os profetas do Velho Testamento Bíblico foram ridicularizados, perseguidos, açoitados e ignorados pelo povo.
O próprio Jesus foi crucificado pelas multidões histéricas, em busca das emoções.
Paulo, João Batista, Pedro, enfim, Buda, Maomé, Sócrates, Platão, Gandi, Copérnico, Galileu, milhares de exemplos de homens visionários, que "malharam em ferro frio" e gastaram vidas "dando pérolas aos porcos".
A Medicina, Astronomia, Filosofia, Pedagogia, Geologia, Sociologia, Psicologia, Música, Arte, e outras áreas da Ciência e do conhecimento adquirido ao longo de milhões de anos de evolução, são disciplinas que divulgam conhecimentos para meia dúzia de especialistas visionários.
As multidões estão mobilizadas e acessíveis para outros interesses mais urgentes: sexo, drogas, diversão, fantasias, pão, circo, e outras questões igualmente urgentes e necessárias.
A questão climática, que sempre alertamos é só mais uma das muitas outras que não despertam o interesse publico.
Os avisos e notícias diárias são repetitivas e desnecessárias, embora angustiantes.
Agora é só esperar acontecer, mas com a certeza que não aprenderemos.
A única e definitiva solução final para a nossa espécie é a "Extinção Massiva".
Não há esperanças, é ilusão pensar que vai mudar depois de milhões de anos, com todo o progresso tecnológico conquistado, não possuímos a capacidade de aprender dos cães, elefantes, golfinhos, cavalos, bois, pássaros, e tantas outras espécies do nosso convívio doméstico.
"Nunca subestime a estupidez humana"
RUI SANTOS DE SOUZA
Curitiba, Brasil, 27 de novembro de 2011 - 09h:15