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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mudanças climáticas: falta Gerenciamento de Risco

É muito fácil fazer pesquisar, relatórios, elaborar gráficos e fazer análises técnicas, depois de ocorrido o desastre ambiental, como ocorreu no caso da erupção do Eyjafjallajökull.

Mas por quê não foram capazes de avisar com antecedência?

A comunidade científica internacional, a Mídia Oficial, e os Órgãos Públicos ficam silenciosos diante das reais possibilidades de tragédias ambientais, em conseqüência das atuais mudanças climáticas e geológicas que a Terra enfrenta.

Ninguém que assumir o risco de alertar antes do evento, avisar, tomar providências preventivas, para minimizar os prejuízos financeiros e evitar a perda desnecessária de vidas humanas.

Agora, depois de tantos prejuízos financeiros, o cientista Freysteinn Sigmundsson, de forma quase cínica, afirma que 11 semanas antes da erupção, o Eyjafjallajökull dava fortes indícios de que entraria em erupção.

Por quê não deu uma entrevista coletiva e avisou antes da erupção? Falar depois dos acontecimentos é muito fácil, qualquer um faz. Quero ver ter a coragem de falar, avisar, alertar antes do desastre ocorrer, pegando todos de surpresa.

Por motivos óbvios, ninguém quer pagar o ônus de gerenciar os riscos:

- antipatia diante do público indiferente...

- exposição ao ridículo se o desastre retardar ou não acontecer...

- custo financeiro e dificuldades operacionais diante de uma ação preventiva...

- interesses econômicos poderosos que proíbem a divulgação de alertas sobre a possibilidade iminente de desastres ambientais...

Neste momento, existem muitas situações de alto risco, em diferentes pontos do Planeta Terra:

01 - Um seqüência anormal de terremotos na Indonésia...

02 - Erupção do Vulcão Merapi, na Indonésia...

03 - Possibilidade real da erupção de outros vulcões na Indonésia...

04 - Possibilidade da erupção de dois vulcões na Rússia...

05 - Forte atividade vulcânica no Hawai...

06 - Forte atividade tectônica no Yemen...

07 - Intensa movimentação das placas tectônicas, em diferentes regiões da Terra, causando uma seqüência de terremotos de fortes intensidades, numa escala nunca antes registrada na História Moderna...

08 - Enchentes, oxidação dos oceanos, elevação do nível dos oceanos, alta e explosiva concentração de gases na atmosfera, elevação alarmante das temperaturas, derretimento das geleiras, todos fenômenos claramente preliminares e indicativos de uma mudança climática e geológica ainda não presenciadas pelo homem moderno...

09 - A destruição das florestas, dos ecossistemas e das biodiversidades, a exploração desenfreada de recursos naturais que transformam o Globo Terrestre num queijo suíço, mudanças do Eixo da Terra, alterações nos movimentos de rotação e translação, erosão, deslizamento de encostas, transbordamento de rios...

10 - As evidências estão em todas as partes, as sirenes de alerta da Mãe Natureza estão ecoando em todos os cantos, e quem está gerenciando estes imensos e colossais riscos?

- Cada desastre ambiental decorrente das atuais mudanças climáticas e geológicas, dão causa à outros desastres:

- no Haiti, o terremoto que destruiu o País, agora é seguido pelo surto de cólera ainda mais destruidor...

- No Paquistão, depois das arrasadoras enchentes e o transbordamento dos rios, seguiu-se um surto de malária...

- Desastres naturais de grande magnitude dão origem à doenças - falência das infra-estruturas - desorganização e revolta social- aumento do preço dos alimentos - falência das instituições e organismos sociais e de defesa civil.

Desastres naturais matam os mais pobres, e os mais ricos pagam as contas dos prejuízos e dos enterros dos que morreram, quando não gerenciados em tempo hábil, basta olhar os exemplos do Paquistão e do Haiti.

Quem vai assumir a responsabilidade de criar uma Central-Global-de-Gerenciamento-de-Riscos, diante das mudanças climáticas e geológicas em curso?

Antes que seja tarde...

RUI SANTOS DE SOUZA
Brasil, Curitiba, 17 de Novembro de 2010 - 19h:51

How Icelandic volcano issued warnings months before its eruption

• Volcanologists document events before it blew
• Eyjafjallajökull had one swollen flank for 11 weeks


Furore borealis: the northern lights illuminate the plume of ash above Eyjafjallajökull on the evening of 22 April, the day the volcano re-erupted after a pause lasting two days. Photograph: Lucas Jackson/Reuters

It left the skies over Britain clear of aircraft trails for the first time in decades and led to travel misery. For several days in April, flights in northern Europe were grounded as a cloud of ash and dust spewed out of the Eyjafjallajökull volcano in Iceland and were blown around the continent.

Now, the geological events leading up to the eruption have been documented, and they show that the volcano had been rumbling for many months before it blew its top. In a paper published today in Nature, Freysteinn Sigmundsson, of the Nordic Volcanological Centre at the University of Iceland, describes how he led an international team to use a combination of GPS, seismic monitoring and satellite radar interferometry to track years of deformations and volcanic activity on and around Eyjafjallajökull.

Sigmundsson found that for 11 weeks before the volcano began erupting in March, one flank was swollen by more than 15cm (6in). Magma had been flowing from deep underground into shallower compartments under the mountain.

Kurt Feigl, a professor of geosciences at the University of Wisconsin-Madison and a co-author of the study, said the volcano had been showing signs of restlessness. "Several months of unrest preceded the eruptions, with magma moving around downstairs in the plumbing and making noise in the form of earthquakes," he said. "By monitoring volcanoes, we can understand the processes that drive them to erupt."

The deformation of the Earth's crust around Eyjafjallajökull, and the resulting small earthquakes, began to increase in January. A few weeks later, sensors and GPS stations began detecting rapid expansion of the mountain.

The first eruption, caused by magma flowing into the mountain from underneath, began on 20 March. It continued for three weeks before pausing for two days and then resuming on 22 April.

The second time around, the erupting lava punched through the ice at the top of the mountain. The water exploded into steam and rapidly cooled the magma, which is a mixture of molten rock and various solid impurities, and normally circulates under the Earth's crust. The magma turned into a fine-grained dust cloud that rose high into the atmosphere and was blown around the whole of northern Europe. Sustained, highly variable activity continued until 22 May, with an average of 30,000-60,000 litres (6,600-13,200 gallons) of magma coming out every second.

Normally, when volcanoes erupt, they deflate as the magma drains out. But for some reason, Eyjafjallajökull kept its shape after the first eruption.

The researchers suggested that this could be because of a limited supply of magma in the first place, and the position of the volcano. The volcanoes of Iceland are the surface peaks of the Mid-Atlantic Ridge, but Eyjafjallajökull lies at some distance from the main rift zone. This means less heat from magma reaches it than reaches volcanoes nearer the rift zone.

The eruption was probably started by an intrusion of magma deep inside the volcano, though this is something that needs to be confirmed at other volcanoes.

The researchers stress that study of the events leading up to the eruption will not necessarily help to predict future events. "We're still trying to figure out what wakes up a volcano," said Feigl.

"The explosiveness of the eruption depends on the type of magma, and the type of magma depends on the depth of its source. We're a long way from being able to predict eruptions. But if we can visualise the magma as it moves upward inside the volcano, then we will improve our understanding of the processes driving volcanic activity."

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